Após 28 anos fechada, a Piscina com Ondas do Parque da Cidade prepara sua volta triunfal ao cotidiano brasiliense. O espaço, que marcou gerações com férias ensolaradas, risadas e filas que contornavam o estacionamento, está sendo completamente transformado. O Governo do Distrito Federal (GDF) investe mais de R$ 18 milhões na reforma, que vai além da restauração: o complexo ganhará novos atrativos para atender diferentes idades e estilos de lazer.
As equipes trabalham agora na fase de instalação das novas máquinas responsáveis pelo bombeamento e filtragem de água, etapa essencial para garantir qualidade e segurança aos futuros banhistas. O equipamento está sendo modernizado sem perder sua essência, respeitando o caráter afetivo que Brasília guarda do local.
“É memória viva de Brasília”, afirma Ibaneis
O governador Ibaneis Rocha destaca que a reabertura da Piscina com Ondas representa o compromisso de devolver à população espaços públicos que marcam o imaginário da cidade.
“Vamos entregar o último ícone de Brasília que ainda está fechado. É uma obra que traz muita memória. Eu brinquei lá quando criança, e isso me anima muito”, afirma.
A reforma é executada por uma empresa contratada pela Novacap, gerando cerca de 120 empregos diretos e indiretos. Após a conclusão, a gestão ficará sob responsabilidade da Secretaria de Esporte e Lazer do DF ou de entidade selecionada via chamamento público.
Novo complexo: mais que uma piscina
A “nova” Piscina com Ondas será um parque aquático urbano.
Entre os novos atrativos estão:
• Piscina com Ondas revitalizada
• Rio lento para flutuação tranquila
• Piscina infantil com brinquedos aquáticos
• Área de convivência ampliada
A estrutura foi redesenhada para ser inclusiva, familiar e funcional, atendendo tanto quem quer aventura quanto quem busca descanso sob o céu candango.
Segundo Carlos Spies, diretor de planejamento e projetos da Novacap, o projeto cresceu durante seu desenvolvimento:
“No início, era só a restauração da piscina. Depois, ampliamos para criar um complexo para todas as idades. Será um novo capítulo na história do Parque da Cidade.”
Com a expansão dos atrativos, o sistema de bombeamento também foi reforçado. A piscina principal comportará 1.736 m³ de água, enquanto o rio lento terá 900 m³, ambos com sistemas independentes de circulação.
Memória afetiva e olhar para o futuro
Inaugurada em 1978, a Piscina com Ondas foi a primeira do tipo na América Latina e atraía cerca de 10 mil pessoas por final de semana. Em suas águas, Brasília se encontrava: crianças do Plano e das cidades satélites, turistas, grupos de amigos e famílias inteiras.
O comerciante Luiz Pereira, 65 anos, acompanhou essa história de perto:
“Era muito movimentado, as filas davam voltas. Agora a expectativa é que fique ainda melhor. Vai atrair mais gente do que antes.”
O professor Wagner Júnior também está ansioso:
“Brasília merece esse cartão-postal de volta. Quero trazer meus filhos para ver as ondas. Criança gosta de água que se mexe”, brinca.
Além das brincadeiras, o espaço já foi palco de encontros culturais. Roda de viola com Cássia Eller e Zélia Duncan? Teve. Videoclipe icônico da Maskavo Roots alcançando o topo da MTV? Também. Ali, a cidade viveu pele, música e sol.
Retorno anunciado, expectativa em alta
A previsão é que o complexo seja entregue até o próximo ano, dentro da gestão da vice-governadora Celina Leão, que destinou emenda parlamentar para viabilizar a obra.
“A Piscina com Ondas está se transformando novamente em um símbolo de lazer das nossas famílias. É memória que volta, mas agora em forma de futuro”, celebra Celina.
Brasília aguarda.
E, quando os portões abrirem, o som das ondas artificiais certamente será acompanhado de uma onda real: a de gente revivendo lembranças e criando novas histórias.
Informações: agenciabrasilia.df.gov.br