Deputada Carla Zambelli (PL-SP) é alvo de prisão preventiva por tentativa de fugir da Justiça e é colocada na lista de procurados da Interpol.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou nesta quarta-feira (4) a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), atendendo a um pedido formal da Procuradoria-Geral da República (PGR). Na decisão, Moraes afirma que a parlamentar tentou “se furtar da aplicação da lei penal”, em clara referência à sua saída do país e ao anúncio de que pretendia permanecer no exterior.
Zambelli comunicou na terça-feira (3) que deixou o Brasil e que pretende viver na Europa, onde afirmou que fará denúncias contra o STF a lideranças da direita internacional. Em resposta, Moraes determinou o bloqueio imediato dos passaportes da deputada e ordenou que seu nome seja incluído na lista de difusão vermelha da Interpol, mecanismo usado para localizar e prender fugitivos internacionais.
A decisão ocorre após a parlamentar ser condenada pela Primeira Turma do STF a 10 anos de prisão em regime inicial fechado, além da perda do mandato, pelo envolvimento na invasão hacker dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena ainda não foi executada porque há recursos em tramitação.
Zambelli também responde a outro processo criminal no Supremo, por um episódio de 2022, quando foi filmada perseguindo um homem com uma pistola nas mãos na véspera do segundo turno das eleições presidenciais. O caso repercutiu nacional e internacionalmente, levantando questões sobre o uso de armas por parlamentares e a radicalização política no país.
O cerco judicial se fecha contra uma das figuras mais controversas do bolsonarismo, enquanto a deputada tenta, do exterior, travar uma guerra narrativa. Com a inclusão na Interpol, Carla Zambelli agora figura formalmente como foragida da Justiça brasileira.
Fonte: jovempan.com.br