Com cobertura de quase 100% em água potável e esgoto, DF projeta novos investimentos e amplia ações para universalizar saneamento em regiões vulneráveis até 2029.
Durante a abertura do 33º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental (CBESA) e da Feira Internacional de Tecnologias de Saneamento Ambiental (Fitabes), nesta segunda-feira (26), o governador Ibaneis Rocha destacou o avanço do Distrito Federal na área de saneamento básico. Citando exemplos como Vicente Pires, Sol Nascente e, futuramente, o bairro Santa Luzia, o chefe do Executivo afirmou que o investimento em infraestrutura tem transformado realidades e melhorado significativamente a qualidade de vida da população.
O DF já alcança 99% de cobertura com água potável e 96% com coleta de resíduos, colocando-se entre as unidades da federação com melhor desempenho no setor. Ibaneis anunciou que até 2029 serão investidos R$ 3,2 bilhões em captação de água e saneamento, garantindo abastecimento de qualidade pelos próximos 50 anos. Esses dados foram apresentados durante o maior evento de saneamento da América do Sul, que acontece até quarta-feira (28) no Ulysses Centro de Convenções e deve reunir cerca de 15 mil participantes, entre autoridades, especialistas e representantes do setor privado.
Segundo o governador, o acesso ao saneamento básico é também uma ferramenta essencial na promoção da saúde pública, especialmente nas áreas mais vulneráveis. Desde 2019, a Caesb já aplicou R$ 1,5 bilhão em obras de ampliação e modernização dos sistemas de abastecimento e esgotamento. O DF já atende integralmente às metas do Marco Legal do Saneamento, superando os índices exigidos para 2033, como 99% de cobertura com água potável e 90% com esgoto tratado.
Um dos destaques mencionados foi o projeto de saneamento do bairro Santa Luzia, na Estrutural, que receberá investimento de R$ 80 milhões por meio do PAC Financiamentos, com recursos viabilizados junto a um banco privado. O projeto contempla 46,5 mil metros de rede de água, 35 mil metros de rede de esgoto, duas estações elevatórias, 5 mil metros de galerias pluviais, além de pavimentação e bacias de absorção. A iniciativa será acompanhada de ações de educação sanitária e ambiental, com forte envolvimento da comunidade local.
O presidente da Caesb, Luis Antonio Reis, ressaltou que o projeto em Santa Luzia seguirá o modelo de saneamento integrado, com participação ativa da população e oferta de cursos de capacitação. “Vamos fazer isso junto da comunidade, com ações sociais e técnicas combinadas. Essa é uma solução completa para transformar vidas”, afirmou. Para o presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), Marcel Costa Sanches, Brasília se tornou uma referência nacional em saneamento, com estrutura de excelência que inclui abastecimento, esgotamento, drenagem urbana e gestão de resíduos sólidos.