Durante evento de filiação de Guilherme Derrite ao PP, governador de São Paulo sinaliza alinhamento político para as eleições presidenciais e critica indiretamente o governo federal
Cotado como um dos principais nomes da direita para disputar a Presidência da República em 2026, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), reforçou nesta quinta-feira (22) a necessidade de união entre os partidos de centro e de direita para enfrentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas próximas eleições. A declaração foi feita durante o ato de filiação do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, ao Partido Progressistas (PP), realizado na capital paulista.
Diante de uma plateia composta por lideranças políticas de diferentes legendas, Tarcísio aproveitou a ocasião para enfatizar o alinhamento ideológico e estratégico entre os presentes. “Se alguém duvida de que esse grupo vai estar unido no ano que vem, eu digo para vocês: esse grupo estará unido. Esse grupo vai ser forte, tem projeto para o Brasil e vai fazer a diferença”, afirmou o governador.
Sem mencionar diretamente o presidente Lula, Tarcísio fez críticas veladas ao governo federal, ao comentar sobre a condução política em Brasília. “No momento em que tem muita gente perdida lá em Brasília, que não sabe o caminho, e que as decisões são tomadas de forma casuística e até irresponsável, tem um grupo aqui que está unido, sabe o caminho e vai fazer a diferença”, completou.
Nos bastidores, o evento foi visto como uma espécie de “pré-lançamento” de duas candidaturas: a de Guilherme Derrite ao governo de São Paulo e a de Tarcísio ao Palácio do Planalto. Um aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, que falou sob reserva, afirmou que a reunião política teve forte tom eleitoral.
O senador Ciro Nogueira, presidente do PP, reforçou esse sentimento ao declarar: “O Brasil vai chamar Tarcísio de presidente muito em breve, ou agora ou em 2030”. Ele garantiu que tanto o PP quanto o União Brasil estarão ao lado do governador paulista quando ele decidir entrar na disputa.
Além de Tarcísio e Derrite, o evento reuniu figuras proeminentes do campo político conservador e centrista, incluindo líderes de partidos com presença no atual governo federal. Entre os presentes estavam Gilberto Kassab (PSD), Antônio Rueda (União Brasil), Renata Abreu (Podemos), Valdemar Costa Neto (PL) e o próprio Ciro Nogueira. A presença de tantos dirigentes de diferentes siglas foi interpretada como um movimento concreto de articulação nacional para as eleições de 2026.
Deputados, senadores, prefeitos e vereadores de São Paulo e de outros estados também compareceram, demonstrando o peso político do ato e o prestígio crescente de Tarcísio entre lideranças que buscam uma alternativa ao lulismo.
Ex-ministro da Infraestrutura no governo Bolsonaro e eleito governador de São Paulo com forte apoio do bolsonarismo, Tarcísio tem se posicionado como uma figura moderada, mas com amplo respaldo no campo conservador. Sua administração à frente do maior estado do país e sua habilidade política têm despertado interesse em diversas alas da direita, incluindo setores mais ao centro, que buscam uma liderança viável para 2026.
Com o discurso cada vez mais nacional, a presença constante em eventos políticos estratégicos e o apoio explícito de partidos relevantes, o caminho de Tarcísio rumo à disputa presidencial parece estar cada vez mais pavimentado.
Fonte: Jovempam.com.br