Um plano de paz de 28 pontos, supostamente apoiado pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e apresentado ao presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, reacende o debate sobre o futuro da guerra na Ucrânia. A proposta, divulgada em 21 de novembro de 2025, prevê concessões territoriais significativas da Ucrânia e restrições militares, mas enfrenta forte resistência de autoridades europeias e ucranianas.
O Secretário do Exército dos EUA, Driskoll, acompanhado por dois generais seniores, apresentou a estrutura de paz em Kyiv, com o objetivo de reiniciar negociações entre Rússia e Ucrânia. O plano sugere que a Ucrânia ceda a região de Donbas e reconheça a Crimeia, Luhansk e Donetsk como territórios de fato controlados pela Rússia, mesmo em áreas ainda não ocupadas por Moscou. Além disso, limita as forças armadas ucranianas a 600.000 soldados e proíbe a adesão do país à OTAN ou a presença de tropas estrangeiras em seu território.
Em contrapartida, a Rússia teria benefícios econômicos e políticos: alívio gradual das sanções, possível reentrada no G8, controle sobre metade da produção de energia da usina nuclear de Zaporozhe e garantias de não agressão com a Ucrânia e a Europa. O plano também prevê financiamento da reconstrução ucraniana a partir de US$ 100 bilhões em ativos congelados russos.
Autoridades europeias criticam o plano como unilateral e desequilibrado. O Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Karas, afirmou que qualquer acordo duradouro deve contar com o apoio da Ucrânia e da Europa, e não premiar o agressor. O chanceler alemão, Olaf Merz, coordena a resposta europeia para garantir que a proposta não fragilize Kyiv.
Embora a administração Trump apresente o plano como uma chance de acabar com o conflito, especialistas alertam que concessões territoriais poderiam encorajar novas ações da Rússia e comprometer a segurança da região. A questão permanece em aberto, com negociações delicadas entre Washington, Kyiv e os líderes europeus.
Fonte: syft.ai
