Água é vida: investimentos em saneamento garantem segurança hídrica e qualidade de vida no Distrito Federal


Com quase 100% da população atendida com água potável, o DF se destaca nacionalmente graças aos investimentos da Caesb e ações integradas para garantir sustentabilidade, tratamento eficiente e proteção das nascentes.

Investir em saneamento básico é essencial para assegurar qualidade de vida, saúde pública e preservação ambiental. No Distrito Federal, o trabalho da Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb) e de órgãos parceiros tem colocado a região em posição de destaque nacional: 99% das residências são abastecidas com água potável, segundo o Instituto Trata Brasil.

Entre 2019 e 2024, a Caesb aplicou R$ 1 bilhão na ampliação e modernização dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário. Para os próximos anos, está previsto um investimento ainda mais robusto: R$ 3,2 bilhões até 2029, com foco na redução de perdas, eficiência energética e setorização da distribuição.

De onde vem a água que abastece o DF?

Localizado no alto do Planalto Central, o DF não dispõe de rios volumosos. Por isso, o abastecimento depende de 28 mananciais superficiais e 177 poços profundos. “É importante entender que estamos em uma região de nascentes, com limitações naturais. Não temos um rio caudaloso. Nossa realidade exige soluções sustentáveis e inovadoras”, explica o presidente da Caesb, Luis Antonio Reis.

Uma dessas soluções foi o Sistema Corumbá, inaugurado em 2019, que atualmente responde por cerca de 15% do abastecimento. Além disso, estão sendo realizados investimentos na estação de tratamento do Rio Descoberto e na substituição de motores com mais de 40 anos de uso.

A água captada é levada para 12 Estações de Tratamento de Água (ETAs), onde passa por rigorosos processos físicos e químicos. Dependendo da origem, o tratamento pode variar: águas subterrâneas exigem processos mais simples, enquanto as superficiais, mais expostas a poluentes, passam por flotação e decantação.

“Todas as nossas ETAs são automatizadas, com monitoramento em tempo real. Usamos inteligência artificial para otimizar processos, reduzir insumos químicos e melhorar a eficiência”, destaca Cláudia Simões, coordenadora do Sistema de Produção de Água da Caesb.

Brasília é referência no uso de membranas para filtração, tecnologia já consolidada no setor industrial e adotada pela Caesb desde 2017, na ETA Lago Norte, que trata água do Lago Paranoá.

A atuação da Adasa (Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do DF) é fundamental para a sustentabilidade hídrica da região. A agência regula o uso da água, concedendo outorgas – autorizações para captação direta de mananciais. “Cerca de metade de toda a água outorgada vai para o abastecimento humano, operado exclusivamente pela Caesb”, explica Gustavo Carneiro, superintendente da Adasa.

A agência também garante o equilíbrio entre demanda e oferta, promovendo uma gestão integrada entre os setores e protegendo o recurso como um bem público.

As nascentes do DF são vitais para o abastecimento não só da capital, mas de bacias hidrográficas que se estendem por outras regiões. Com mais de 6,2 mil nascentes mapeadas, a Secretaria de Meio Ambiente (Sema-DF) tem promovido sua recuperação com apoio de programas como o CITinova.

“Elas são a porta de entrada da água no ecossistema. Recuperar e proteger nascentes significa garantir qualidade e quantidade da água captada”, afirma Elisa Meireles, coordenadora de Gestão de Águas da Sema. A ação envolve cercamento, recomposição da vegetação e educação ambiental junto aos produtores rurais.

Mesmo após 163 dias sem chuva em 2024, os principais reservatórios seguem em níveis seguros. O Descoberto está cheio e o Santa Maria opera com 80% de sua capacidade, sem necessidade de racionamento.

Esse cenário só é possível graças à integração dos sistemas de captação, transporte e distribuição, com obras que interligam fontes como o Corumbá, São Bartolomeu e Lago Paranoá, garantindo equilíbrio no fornecimento entre regiões.

A experiência do Distrito Federal mostra que investir em saneamento básico é mais do que garantir água nas torneiras — é cuidar da saúde, do meio ambiente e do futuro. A união entre tecnologia, planejamento e responsabilidade ambiental transforma Brasília em exemplo nacional de gestão hídrica.

Fonte: www.agenciabrasilia.df.gov.br


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