DF se destaca no combate ao desaparecimento: 94% dos casos são solucionados em 2025

 Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília


O Distrito Federal mantém um dos melhores índices do país na localização de pessoas desaparecidas, alcançando 94% de casos solucionados entre janeiro e setembro de 2025, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF). Em 2024, o índice foi ainda maior, com 98% de localização, consolidando o DF como referência em políticas integradas, uso de tecnologia e acolhimento às famílias. Apesar dos resultados expressivos, apenas 42% dos registros ocorrem nas primeiras 24 horas, período considerado crucial para o sucesso das buscas. Por isso, as autoridades reforçam que não é necessário aguardar 24 horas para registrar o desaparecimento.

O secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, destaca a importância da agilidade familiar nas primeiras horas: “A forma como a família age nas primeiras horas pode definir o desfecho do caso. Pedimos que o registro seja feito imediatamente e da maneira mais completa possível. Não espere 24 horas.” Esse chamado reforça o compromisso da rede pública com cada vida, lembrando que por trás de cada caso existe uma história que precisa ser respeitada e resgatada. A primeira-dama, Mayara Noronha Rocha, complementa: “Por trás de cada número está uma vida reencontrada.”

A alta taxa de sucesso é atribuída a uma rede de atenção humanizada, aliada a políticas públicas sólidas. Iniciativas como a Rede de Atenção Humanizada de Pessoas Desaparecidas e o Protocolo Sinal de Busca Imediata possibilitam que, em poucos minutos, a imagem e as informações do desaparecido sejam compartilhadas com mais de 30 órgãos públicos. Além disso, o perfil oficial @desaparecidos_df garante uma divulgação segura e padronizada, evitando golpes, desinformação e exposição indevida das famílias.

Os dados de 2025 revelam o perfil das ocorrências: entre os 1.666 registros, 1.573 pessoas foram localizadas. A maioria dos desaparecidos é composta por homens (64%), seguidos por mulheres (36%). A faixa etária mais afetada está entre 30 e 59 anos (43%), e 24% são menores de idade. As regiões com maior incidência incluem Ceilândia, Planaltina, Brasília e Samambaia, com picos de ocorrências entre sextas e domingos. Esses números reforçam a necessidade de ações contínuas de prevenção, orientação e apoio psicológico às famílias.

Além das buscas, o DF participa de iniciativas essenciais como a Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas, promovida pelo Ministério da Justiça. O material coletado, analisado pelo IPDNA/PCDF, abastece bancos nacionais e auxilia na identificação de pessoas vivas ou falecidas. Para agendamento, os familiares podem entrar em contato pelos canais oficiais da Polícia Civil. “Cada reencontro representa mais do que um dado estatístico — é a prova de que sensibilidade, tecnologia e compromisso público podem transformar dor em esperança”, conclui Avelar.

*Com informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF)


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