O número de vítimas do descarrilamento do Elevador da Glória, um dos bondinhos mais emblemáticos de Lisboa, subiu para 17 mortos nesta quinta-feira (4). O balanço foi atualizado após a morte de dois feridos graves durante a madrugada, informou a diretora dos serviços de emergência da capital portuguesa, Margarida Castro.
O acidente, ocorrido na tarde de quarta-feira (3), também deixou 21 pessoas feridas, sendo 11 estrangeiros entre elas: dois espanhóis, dois alemães, uma francesa, um italiano, um suíço, um canadense, um coreano, um marroquino e um cabo-verdiano. As autoridades ainda não divulgaram a nacionalidade das vítimas fatais — a informação ficará a cargo do Ministério Público.
Luto e solidariedade internacional
O governo de Portugal decretou um dia de luto nacional nesta quinta-feira. Em nota, o gabinete do primeiro-ministro Luís Montenegro lamentou o “trágico acidente” e a “irreparável perda de vidas humanas”.
A comoção atravessou fronteiras. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, usou as redes sociais para expressar suas condolências às famílias. Ela afirmou ter ficado “profundamente triste” ao receber a notícia da tragédia.
Vídeos e fotos que circularam nas redes sociais mostram o funicular completamente destruído após colidir contra uma parede, em meio a uma densa nuvem de fumaça. As primeiras apurações indicam que o bondinho não conseguiu fazer a curva no final da rua em que operava, resultando no impacto fatal.
Inaugurado em 1885, o Elevador da Glória é um dos marcos turísticos de Lisboa, ligando a Praça dos Restauradores ao Bairro Alto. Mais do que um transporte, o bondinho é considerado um ícone da cidade, tombado como monumento nacional.
A tragédia mobiliza não apenas Portugal, mas também a comunidade internacional, diante da dimensão humana e simbólica do acidente.
Fonte: jovempam.com.br