As escolas de gestão compartilhada do Distrito Federal têm registrado resultados expressivos. Em consultas públicas realizadas nas comunidades escolares, 11 unidades alcançaram índices de aprovação entre 81,38% e 98,3%. O destaque ficou com o CEF 17 de Taguatinga, que atingiu o maior índice de satisfação.
Essas avaliações são realizadas de forma democrática, com participação de professores, pais, servidores e alunos acima de 13 anos, conforme prevê a Lei de Gestão Democrática. Cada audiência é registrada em ata e pode ser acessada pela população, garantindo transparência ao processo.
Na Estrutural, uma das regiões com histórico de altos índices de criminalidade, a gestão compartilhada no Centro Educacional 1 transformou a realidade escolar. A diretora Vanessa Nogueira destaca que o modelo trouxe segurança, disciplina e novas perspectivas:
“A escola está 100% pacificada. Hoje, nossos estudantes sonham com a universidade, algo antes inimaginável.”
A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, reforça que a escola enfrentava evasão e baixo desempenho:
“A comunidade abraçou o projeto. Agora, há fila de pais querendo uma vaga.”
Para os alunos, a mudança vai muito além dos muros. Maria Eduarda, de 13 anos, relata o impacto pessoal:
“Aprendi responsabilidade e respeito. A escola ficou mais segura, e os policiais sempre conversam com a gente.”
Já Byanca Barros, do 3º ano, conta como o ambiente escolar se reorganizou:
“Antes era muito bagunçado. Hoje, temos disciplina, postura e convivência melhor entre alunos e professores.”
Impacto na segurança pública
Dados da Secretaria de Segurança Pública comprovam a transformação na Estrutural desde a implantação do modelo em 2019:
- Homicídios: de 20 (2018) para 11 (2024)
- Roubos a transeunte: de 554 para 195
- Roubos em residências: de 14 para 3
- Roubos em coletivos: de 178 para 23
O secretário Sandro Avelar ressalta que os resultados vão além da segurança:
“Há estudantes aprovados em Medicina e outras universidades federais. O projeto une disciplina, cultura e aprendizado.”
Hoje, o DF conta com 25 escolas cívico-militares — 17 em parceria com o Corpo de Bombeiros e 8 com a Polícia Militar — todas operando sem custo adicional ao governo, com militares da reserva remunerada.
Com a ampliação anunciada, o número de unidades chegará a 50 escolas em todo o Distrito Federal.
As escolas cívico-militares do DF não apenas melhoraram índices de segurança e disciplina, mas estão mudando destinos — formando jovens mais preparados, conscientes e cheios de futuro.
Fonte: agenciabrasilia.df.gov.br
