Movimento ocorre em meio a tensões regionais e à recusa da Coreia do Norte em desnuclearizar a península.
Os Estados Unidos deram um passo significativo para ampliar sua presença militar na Ásia nesta semana, com a instalação de uma base permanente de drones a cerca de 400 km da China. A medida reflete a crescente atenção americana à segurança na região, em meio a tensões geopolíticas e programações militares estratégicas.
Na segunda-feira (29), foi ativado o 431º Esquadrão Expedicionário de Reconhecimento na Base Aérea de Kunsan, localizada na costa oeste da Coreia do Sul. A instalação tem como objetivo principal a operação de drones MQ-9 Reaper, utilizados em missões de combate e inteligência.
Segundo a Força Aérea dos EUA, os drones MQ-9 Reaper possuem:
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Alcance superior a 2.500 km
- Capacidade de permanecer no ar indefinidamente com reabastecimento aéreo
- Versatilidade para múltiplas missões de combate e vigilância
O anúncio ocorre no mesmo dia em que a Coreia do Norte declarou na Assembleia Geral da ONU que não abrirá mão de seu programa nuclear e que não assinará qualquer acordo para uma península coreana desnuclearizada.
Analistas apontam que a movimentação americana visa fortalecer a presença estratégica na região do Indo-Pacífico, em resposta a ameaças percebidas da China e da Coreia do Norte, além de manter a capacidade de vigilância e reação rápida a conflitos ou crises emergentes.
“A instalação da base de drones reforça a capacidade de os EUA projetarem poder e monitorarem a região, garantindo prontidão operacional em qualquer cenário”, explicou um especialista em defesa consultado pela CNN.
A presença ampliada de drones próximos à China intensifica o foco em tecnologias de combate não tripulado e na coleta de inteligência, permitindo aos Estados Unidos atuar de maneira estratégica sem o deslocamento direto de grandes contingentes militares.
O movimento reforça a mensagem de Washington de que está comprometido com a segurança de seus aliados na Ásia, ao mesmo tempo em que pressiona a Coreia do Norte e monitora o crescimento militar chinês.
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