Mudança simbólica não altera oficialmente o nome do Departamento de Defesa, que segue dependendo do Congresso e do Senado.
Em um movimento polêmico, o presidente Donald Trump anunciou nesta sexta-feira (5) a assinatura de uma ordem executiva que concede ao Departamento de Defesa dos Estados Unidos o título secundário de “Departamento da Guerra”. A decisão incluiu alterações em logotipos e até na forma como o secretário Pete Hegseth foi apresentado durante a cerimônia.
Apesar da repercussão imediata, especialistas lembram que a mudança é apenas simbólica. O nome oficial do órgão continua sendo Departamento de Defesa, já que qualquer alteração permanente dessa natureza só pode ser aprovada pelo Congresso e pelo Senado norte-americanos.
Segundo a Casa Branca, a medida permite que o apelido “Departamento da Guerra” seja usado em documentos oficiais e eventos institucionais. A ideia, defendida por Trump, seria “resgatar a tradição” do período em que os Estados Unidos mantinham um Departamento da Guerra, extinto em 1947.
A decisão, no entanto, já gerou críticas de parlamentares da oposição e de analistas militares, que consideram o gesto uma tentativa de reforçar uma narrativa mais agressiva em relação à política externa norte-americana. Para eles, o uso do termo “guerra” pode transmitir ao mundo uma postura mais belicosa dos Estados Unidos, ainda que a mudança seja apenas formalmente estética.
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