Netanyahu e Trump articulam realocação de palestinos de Gaza com apoio internacional

Foto de ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP

Líderes discutem possível acordo de trégua e afirmam estar próximos de convencer países a acolher palestinos que desejam deixar a Faixa de Gaza.

Em jantar oficial realizado nesta terça-feira (8), na Casa Branca, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declararam que estão “próximos de encontrar vários países” dispostos a receber palestinos que queiram deixar a Faixa de Gaza voluntariamente. As declarações aconteceram durante a discussão de um possível acordo de trégua de 60 dias, intermediado pelo governo norte-americano.

Ao ser questionado sobre a proposta de realocar os habitantes da região, Trump cedeu a palavra a Netanyahu, que respondeu:

        “Se as pessoas quiserem ficar, podem ficar, mas se quiserem ir, devem poder fazê-lo. Estamos trabalhando muito de perto com os Estados Unidos para encontrar países dispostos a tornar realidade aquilo que sempre dizem: que querem dar aos palestinos um futuro melhor. Acredito que estamos perto de conseguir isso com vários países.”

Trump complementou afirmando que há “grande cooperação por parte dos países vizinhos” e que "algo bom acontecerá". O presidente americano, que assumiu o cargo em janeiro, já havia sugerido que os Estados Unidos assumissem o controle temporário da Faixa de Gaza como parte de uma estratégia para permitir a emigração voluntária de sua população, proposta rejeitada por líderes da região.

Apesar das intenções divulgadas como medidas de alívio humanitário e reconstrução de Gaza, o plano é duramente criticado por países árabes e especialistas internacionais, que veem a proposta como um risco à soberania palestina e à viabilidade de um futuro Estado.

Líderes árabes classificaram a proposta como “limpeza étnica” e alertaram que qualquer plano de retirada em massa dos palestinos da Faixa inviabilizaria a solução de dois Estados, prevista por décadas como caminho para a paz duradoura no Oriente Médio.

A situação em Gaza permanece crítica, com milhares de civis afetados por meses de conflitos e bloqueios. A trégua proposta de 60 dias é vista como uma possível abertura para negociações mais amplas — mas ainda cercada de desconfianças e impasses geopolíticos.

Fonte: jovempan.com.br

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