PF pede à Interpol inclusão de Carla Zambelli na lista de procurados internacionais

Deputada foi condenada pelo STF e teve prisão preventiva decretada por Alexandre de Moraes.

A Polícia Federal (PF) encaminhou nesta quarta-feira (4) um pedido formal à sede da Interpol, em Lyon, na França, para incluir a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) na chamada "difusão vermelha", mecanismo que permite alertas globais de captura. O pedido se baseia na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão preventiva da parlamentar por tentativa de obstrução da Justiça.

A solicitação será analisada pela Secretaria-Geral da Interpol, hoje comandada pelo delegado brasileiro Valdecy Urquiza. O órgão internacional avaliará se a inclusão atende aos critérios da organização, especialmente se não há elementos de perseguição política, racial ou por nacionalidade. Caso seja aceita, Zambelli passará a ter seus dados disponibilizados às polícias dos 196 países-membros.

Zambelli foi condenada pelo STF a 10 anos de prisão por envolvimento na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mas ainda não começou a cumprir a pena devido à existência de recursos pendentes. Moraes também ordenou o bloqueio dos passaportes da parlamentar, que anunciou na véspera estar fora do país e com intenção de se exilar na Europa para denunciar o STF a líderes da direita internacional.

A deputada também responde a outro processo criminal no STF por ter perseguido um homem com uma arma de fogo na véspera do segundo turno das eleições de 2022. Em sua decisão, Moraes afirma que Zambelli tentou “se furtar da aplicação da lei penal”, o que reforça a justificativa para o pedido de prisão e para a ação internacional coordenada pela Polícia Federal.

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