Parlamentares cobram ações do GDF após violência em UPA de Ceilândia e denunciam falta de profissionais e condições de trabalho na saúde pública.
Mais um episódio de violência em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no Distrito Federal acendeu o alerta entre parlamentares da Câmara Legislativa. Nesta terça-feira (29), deputados distritais se manifestaram em plenário cobrando ações urgentes para fortalecer a rede pública de saúde e garantir segurança aos profissionais que atuam nas unidades.
O caso mais recente ocorreu na UPA de Ceilândia — a maior do DF — onde houve depredação e confusão causada por pacientes revoltados com a demora no atendimento. O deputado Chico Vigilante (PT) lamentou o ocorrido e se solidarizou com os vigilantes que, segundo ele, estão sendo expostos ao risco. “A situação de caos na saúde está sobrando para os vigilantes, que têm que conter a fúria das pessoas que ficam horas a fio aguardando atendimento”, afirmou.
Para o deputado Gabriel Magno (PT), os episódios de violência são reflexo direto da má gestão do Governo do Distrito Federal na área da saúde. “A população está se revoltando com razão nas portas dos hospitais. Deixo minha solidariedade aos servidores da saúde, que estão na ponta tentando oferecer o melhor atendimento. Mas eles não têm culpa, pois a gestão do DF está um caos”, criticou.
A deputada Dayse Amarilio (PSB) reforçou a gravidade da situação e cobrou providências concretas, como a nomeação de novos profissionais para suprir a carência de pessoal nas unidades. “As equipes estão apanhando nas UPAs. Muitos servidores estão com medo de ir trabalhar. Vários inclusive já entregaram seus cargos. Não é possível enfrentar as sazonalidades das doenças sem nomear agentes de vigilância em saúde, enfermeiros e técnicos de enfermagem”, pontuou. Ela ainda alertou que “o servidor da saúde hoje trabalha doente e desmotivado”.
Diante da crise, os parlamentares defenderam uma reestruturação urgente do sistema de saúde do DF, com mais investimento, gestão eficiente e valorização dos profissionais da linha de frente.
Fonte: CLDF