Três anos após a invasão: A batalha pelo Aeroporto Antonov e a resistência ucraniana
Há três anos, uma imagem marcante se tornou símbolo das intenções da Rússia ao invadir a Ucrânia. A foto, que mostrava tropas russas na saída do Aeroporto Antonov, em Hostomel, a apenas 25 km do centro de Kiev, ilustrou um dos principais objetivos de Vladimir Putin no início da guerra: tomar a capital ucraniana, Kiev, e derrubar o governo de Volodymyr Zelensky.
A conquista do Aeroporto Antonov era crucial para os planos russos. O aeroporto serviria como uma plataforma para transportar brigadas de assalto, que avançariam em direção à capital com a missão de tomar o governo ucraniano e instalar um regime pró-russo, mais disposto a ceder às demandas do Kremlin. A rapidez na conquista de Kiev era vista como uma forma de derrotar rapidamente a resistência ucraniana e garantir o controle sobre o país.
Nos dias seguintes à captura do aeroporto, as forças russas avançaram, chegando a apenas 15 km do distrito governamental de Kiev. A capital parecia prestes a cair. No entanto, o que Putin não havia antecipado foi a brutal resistência ucraniana, que, apoiada por um grande apoio internacional e com a mobilização massiva da população local, conseguiu bloquear o avanço das tropas russas.
Além disso, as forças russas enfrentaram dificuldades no Donbas, região onde a resistência também se intensificava. Diante desses obstáculos, e com o avanço mais lento do que o esperado, o presidente russo tomou a decisão de abandonar a tentativa de conquistar o norte da Ucrânia. No final de março de 2022, a Rússia redirecionou seus esforços para o leste do país, focando-se inicialmente na região de Luhansk e, posteriormente, em Donetsk.
O fracasso da Rússia em tomar Kiev nas primeiras semanas de invasão representou um grande revés para o Kremlin e mostrou a capacidade de resistência do povo ucraniano, que não apenas conseguiu proteger a capital, mas também reorganizou suas forças para uma contraofensiva no futuro. A guerra, que parecia ser uma questão de dias ou semanas para Putin, se arrastou por um conflito prolongado e devastador, com profundas implicações para a segurança da Ucrânia e para a ordem mundial.
O episódio reforça a determinação do governo de Zelensky em resistir à agressão russa, enquanto o mundo observa atentamente o desenrolar de um conflito que continua a impactar não apenas a Ucrânia, mas a estabilidade da Europa e do sistema internacional.
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